Finalmente Keith Warner encenou "Vanessa" de Samuel Barber

Em parceria com
Finalmente Keith Warner encenou "Vanessa" de Samuel Barber
Direitos de autor 
De  Elza GONCALVES
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

"Tentei convencer vários teatros a apresentar a obra mas só o Festival de Glyndebourne foi suficientemente louco para aceitar o projeto", disse o encenador britânico.

Keith Warner esperou vários anos para poder encenar a ópera "Vanessa" do compositor norte-americano Samuel Barber, uma obra estreada em 1958 e premiada com um prémio Pulitzer (a obra foi revista pelo compositor em 1964).

O encenador britânico conheceu bem o compositor e escritor italiano Gian Carlo Menotti, companheiro de Samuel Barber e autor do libreto de "Vanessa".

Em entrevista à euronews, o encenador britânico recordou as longas horas de conversa com o autor italiano falecido em 2007.

"Conheci-o quando ele tinha cerca de 80 anos, há cerca de quinze ou vinte anos. Tive a oportunidade de o conhecer bem durante um verão no jardim do apartamento dele. Ele convidava-me para jantar e servia-nos um belo jantar. Era um homem elegante sempre bem vestido, de fato e gravata mesmo se estivessem 100 graus", recordou Keith Warner.

"Era alguém que falava e queria falar. Falava do que se passava no mundo do teatro, do que ele tinha visto em Londres e falava também da vida dele. Como muitos de nós, quando envelhecemos, ele gostava de lembrar o passado e contava histórias deliciosas sobre as pessoas que ele tinha conhecido e sobre si próprio", acrescentou o encenador britânico.

"Falei com ele sobre a ópera 'Vanessa'. Foi algo que sempre quis fazer. Tentei convencer vários teatros a apresentar a obra mas só o Festival de Glyndebourne foi suficientemente louco para aceitar o projeto. Coloquei várias perguntas a Gian Carlo Menotti para saber o que era importante para ele e o que teria sido importante para o Samuel Barber, que já tinha morrido. Espero que a encenação que fizemos seja algo que ele teria reconhecido e de que teria gostado", concluiu Keith Warner.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Talentoso jovem maestro ganha Prémio Herbert von Karajan

Prémio Herbert von Karajan para Jovens Maestros: uma experiência emocionante

"Champion", a vida do pugilista Emile Griffith numa ópera-jazz