Pelo menos 30 pessoas são também investigadas. Autoridades suspeitam de ajuda à imigração ilegal.
As autoridades gregas detiveram dois cooperantes de uma organização não-governamental, presente na ilha da Lesbos, e investigam pelo menos mais 30 da mesma ONG, por suspeita de ajuda à imigração ilegal, espionagem e lavagem de dinheiro.
De acordo com a polícia, os suspeitos, 24 estrangeiros e seis gregos, desempenharam funções de cooperantes na ilha desde o final de 2015, como parte de uma ONG, cujo nome não foi revelado.
A ilha de Lesbos fica situada no Mar Egeu, não muito longe da Turquia. Pela sua posição estratégica, tornou-se num zona de passagem para os migrantes e refugiados. Calcula-se que pelo menos um milhão de sírios e iraquianos terão passado pela região em 2015.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR, sigla em inglês) diz que, este ano, cerca de 19 mil pessoas viajaram para a Grécia a partir da Turquia.
A polícia diz que a alegada rota de migração ilegal previa assistência direta a redes de tráfico de Seres Humanos, tendo obtido "enormes quantidades de dinheiro."
Os suspeitos terão obtido informação confidencial acerca da presença de refugiados na Turquia e terão monitorizado, de forma ilegal, as comunicações via rádio entre a guarda costeira grega e a agência europeia Frontex.