Palestinianos protestam contra fim do financiamento da UNWRA, a agência da ONU para os refugiados, da parte dos EUA
Os palestinianos reagiram com raiva à decisão dos Estados Unidos de cortas os fundos da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos no Médio Oriente (UNRWA, sigla em inglês).
Os manifestantes, refugiados a viver na Jordânia há décadas, dizem que a medida afeta milhares de pessoas, incluindo crianças. A UNRWA presta assistência a cerca de cinco milhões de refugiados nos Territórios Palestinianos ocupados por Israel, na Jordânia, Líbano e Síria.
Só em 2016, os Estados Unidos financiaram a UNRWA com mais de 300 milhões de euros, mas a Administração Trump diz agora que são necessárias reformas.
No final de agosto, Washington anunciou o cancelamento de mais de 172 milhões de euros de ajuda aos palestinianos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
A Jordânia criticou a decisão dos Estados Unidos. O país acolhe cerca de dois milhões de refugiados palestinianos e teme uma radicalização não só no Reino Hachemita como em toda a região.
A medida foi saudada plo primeiro-ministro Israelita. Benjamin Netanyahu diz que o estuto de refugiado dos palestinianos é um dos problemas que impede resolução do conflito.
A ocupação de Gaza e da Cisjordânia por Israel nunca foi reconhecida pela comunicade internacional.
A Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos diz que vai procurar outros "parceiros e caminhos" para cobrir o saldo negativo gerado pelo fim da ajuda dos Estados Unidos. A garantia foi dada pelo comissário-geral da organização, Pierre Krähenbühl.