Médico espanhol enfrenta 11 anos de prisão no caso dos "bebés roubados"

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Chegaram ao fim as audiências do julgamento em Madrid de um antigo médico obstetra envolvido no caso dos "bebés roubados" durante a ditadura espanhola.

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A Procuradoria espanhola pediu 11 anos de prisão para Eduardo Vela, um antigo médico obstetra de 85 anos acusado de ser um dos orquestradores do roubo de bebés durante o franquismo.

Entre as seis testemunhas ouvidas na última audiência do julgamento em Madrid, uma jornalista francesa, que fez uma reportagem em 2013, declarou que Vela lhe terá confirmado a autoria dos factos.

Foi Inès Madrigal quem conseguiu sentar Vela no banco dos réus. Esta mulher de 49 anos acusa-o de a ter roubado à família biológica, mediante a solicitação de um padre, e de ter falsificado a certidão de nascimento. Foi graças ao testemunho da mãe adotiva, entretanto falecida, que Inès descobriu a sua história.

Os "bebés roubados" durante a ditadura espanhola eram recém-nascidos tirados a opositoras do regime ou simplesmente mulheres pobres para serem entregues a famílias quase sempre próximas do poder. Suspeita-se que estejam em causa milhares de casos.

O veredito deverá ser anunciado dentro de um mês.

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