Rússia continua a negar envolvimento no caso Skripal

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De  Luis Guita
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Os aliados mais próximos da Grã-Bretanha apoiam a avaliação britânica de que agentes russos estiveram por trás do ataque com o agente neurotóxico Novichok. A Rússia voltou a negar o envolvimento no ataque aos Skripal.

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Os aliados mais próximos da Grã-Bretanha apoiam a avaliação britânica de que agentes russos estiveram por trás do ataque com o agente neurotóxico Novichok , em março, contra o ex-espião russo Sergei Skripal, na cidade inglesa de Salisbury.

A embaixadora britânica nas Nações Unidas, Karen Pierce, apresentou as provas ao Conselho de Segurança do organismo.

"Um membro do Conselho Permanente adotou um padrão de comportamento que mostrou que tentaram matar os Skripals. Brincaram com as vidas das pessoas de Salisbury. Eles funcionam num universo paralelo onde as regras normais dos assuntos internacionais são invertidas," afirmou Karen Pierce.

A embaixadora dos EUA, Nikki Haley, disse que a Rússia devia admitir a responsabilidade.

"As negações russas seguem um guião já usado, desde a Crimeia ao MH17, passando por Donbas e pela morte de Litvinenko. A lista é longa e a música é sempre a mesma. A Rússia, de alguma forma, nunca está por detrás destes incidentes... mas ninguém acredita nisso," declarou Nikki Haley.

O representante da Rússia voltou a negar o envolvimento de Moscovo no ataque aos Skripal e acusou o Reino Unido de histeria antirrussa.

"Para ser franco, esperávamos muito que hoje ouvíssemos algo convincente, que esclarecesse esse incidente misterioso. Infelizmente, as nossas expectativas saíram goradas mais uma vez. Na declaração de hoje ouvimos a repetição das mesmas mentiras," declarou o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia.

Entre Londres e Moscovo o ambiente subiu de tom desde que a polícia britânica emitiu mandados de prisão internacionais para dois russos por envolvimento no envenenamento por Novichok de Sergei Skripal e da sua filha Yulia.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que Alexander Petrov e Ruslan Boshirov eram oficiais russos dos serviços secretos militares. Na quinta-feira, o ministro da Segurança britânico, Ben Wallace, questionou o conhecimento do presidente Putin.

"A chave, é claro, é que o Governo russo, ao mais alto nível, esteve envolvido ou ligado a esta decisão. Vou deixar que as outras pessoas especulem se isso significa Putin ou não. Mas o Governo, como um todo, é obviamente liderado pelo Presidente da Rússia e , direta ou indiretamente, ele tem uma responsabilidade muito grande," afirmou Ben Wallace.

Num comunicado conjunto, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Canadá e Estados Unidos, avançaram que A Rússia deve dar a conhecer qual o seu programa com o neurotóxico Novichok à Organização para a interdição de Armas Químicas.

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