Juncker: "Europa deve assumir papel global"

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De  Antonio Oliveira E Silva com REUTERS
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No último discurso sobre o estado da União, presidente da Comissão Europeia falou na necessidade de um bloco regional mais forte, presente no mundo e com uma moeda que represente uma verdadeira alternativa face ao dólar.

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O discurso sobre o Estado da União serviu também ao presidente da Comissão Europeia para defender o que vê como uma recuperação económica e financeira do bloco regional. Jean-Claude Juncker falou numa crise externa que atingiu a Europa em força, mas que, 10 anos depois, "se encontra superada."

A economia europeia creceu durante vários trimestres consecutivos com esse crescimento voltou a criação de emprego, com quase 12 milhões novos postos de trabalho criados desde 2014.

Mas o presidente da Comissão quer mais. Referiu a importância de promover o euro como moeda global alternativa ao dólar e falou no exemplo da indústria da aviação, onde as transações são feitas na moeda norte-americana.

"O Euro deve tornar-se num instrumento de uma nova Europa, mais soberana," disse o presidente da Comissão Europeia, durante o discurso sobre o estado da União.

"Por isso, temos primeiro de pôr ordem na nossa casa, reforçando a aprofundando a nossa união económica e monetária."

Um discurso "sobre aquilo em que acredita"

Um discurso sobre ideais, disse Pierre Moscovici, o Comissário Europeu para os Assuntos Económicos:

"Não foi um discurso sobre uma herança deixada, mas sobre aquilo em que o Comissário acredita. É um homem dedicado à Europa, a essa Europa que precisa de um ator global. Foi um discurso contra o nacionalismo e o populismo."

Juncker referiu também a conversa sobre comércio com o presidente Trump em julho:

"Em Washington, falei em nome da Europa. Houve quem descrevesse o acordo obtido depois das negociações com o presidente Trump como uma surpresa."

Mas a União também está interessada noutros acordos comerciais, como o tratado celebrado com o Japão. Juncker quer que seja ratificado pelo bloco em maio do próximo ano, antes das eleições. Bruxelas trabalha já no próximo orçamento europeu.

A Comissão propõe mais de 21 mil milhões de euros para a gestão das fronteiras e para a guarda costeira nos próximos anos, até 2020.

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