A prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, defende o regime de Myanmar, afirmando que os jornalistas da Reuters foram condenados porque o tribunal considerou que "violaram o segredo de estado".
Aung San Suu Kyi considera que foi feita justiça no caso dos dois jornalistas da Reuters detidos e julgados em Myanmar.
A líder - de facto - da antiga Birmânia disse numa entrevista no forum económico dos países do sudeste asiático, no Vietname: "Eles não foram detidos por serem jornalistas, foram detidos porque houve uma sentença contra eles e o tribunal decidiu que tinham violado o segredo de estado".
Suu Kyi desafiou ainda quem considere que houve erro judicial a apresentar recurso.
Os dois jornalistas, Wa Lone e Kyaw Soe Oo, foram detidos em dezembro, quando investigavam os massacres sobre a população rohingya, no estado de Rakine, e condenados a sete anos de prisão.
A ONU acusa Myanmar de travar uma batalha contra os jornalistas e a liberdade de expressão.
A fundação birmanesa U Win Tin, decidiu agraciar os jornalistas com dois prémio em dinheiro, que foram recebidos pelas esposas de ambos na terça-feira.