Os responsáveis acreditam que o número de casos seja muito maior porque o acesso à documentação das dioceses foi limitado.
O semanário Der Spiegel revelou ontem as conclusões da investigação ordenada pela Conferência Episcopal alemã sobre alegados abusos sexuais de crianças por parte de membros da Igreja Católica na Alemanha.
Os investigadores, especialistas das universidades de Mannheim, Heidelberg e Giessen, analisaram 38.000 documentos de 27 dioceses do país. O relatório revela 3.677 casos de abusos mas os responsáveis acreditam que o número seja muito maior porque o acesso à documentação das dioceses em várias regiões foi limitado.
Por outro lado, os documentos que lhes foram facultados pela igreja Católica, muitos dos quais datam a 1946, tinham sido alterados ou continham informações incompletas ou apagadas.
A questão agora é de saber que tipo de punição foi imposta nos casos de abuso de que há registo, que eram do conhecimento de membros da Igreja. De acordo com o estudo, apenas um terço das denúncias de abuso foram investigadas e os responsáveis não fora m sujeitos a qualquer punição ou processo judicial.
A investigação levanta assim muitas questões e oferece poucas respostas.