John Tamny, editor de economia política da Forbes, considera que os EUA estão a começar uma guerra que não podem vencer
Olho por olho, dente por dente. A guerra comercial entre Estados Unidos e China parece não ter fim à vista. Esta segunda-feira entraram em vigor as tarifas impostas aos produtos chineses (no valor de 200 mil milhões de dólares) impostas pela administração Trump.
Pequim não perdeu tempo e respondeu com uma tarifa sobre as importações de produtos norte-americanos (no valor de 60 mil milhões de dólares), acusando ainda Washington de "intimidação comercial" por ameaçar os países que não se submetem às suas vontades.
Ainda assim, a China até disse estar disponível para regressar à mesa de negociações, desde que exista respeito mútuo e ambos os países estejam em pé de igualdade. Já Washington limita-se a ameaçar com ainda mais tarifas em caso de retaliação chinesa.
Para John Tamny, editor de economia política da Forbes, a posição norte-americana não faz qualquer sentido do ponto de vista económico:
"As tarifas dos Estados Unidos aos produtos chineses serão bastante prejudiciais. A única economia fechada é a economia global, se a economia chinesa enfraquecer, a economia americana também enfraquece.
Na Apple, a empresa mais valiosa nos Estados Unidos, um quarto das receitas tem origem nas vendas na China. Na McDonalds, a China é o segundo maior mercado e a Starbucks, que tem 34 lojas na China quer expandir para as sete mil. Para os Estados Unidos, entrar numa guerra económica com a China é entrar numa guerra que não se pode ganhar."