Greve na Ryanair: "Somos escravos com gravata"

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Entretanto, a rival Easyjet anuncia números recorde, com um aumento de 40% nos lucros durante o último ano.

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É um cenário que não para de se repetir: a greve na Ryanair levou ao cancelamento de mais de uma centena de voos em vários países europeus, deixando em terra milhares de passageiros. Em Portugal, foram anulados cerca de uma dúzia de trajetos. Os argumentos dos trabalhadores são bastante incisivos.

"Um tripulante de cabine da Ryanair é basicamente um escravo com uma gravata. Aliás, é preciso trabalhar para chegar a ser escravo e, se nos queixarmos, somos simplesmente despedidos", diz-nos Sarkis Simonjan, antigo tripulante de cabine.

"No meu caso são os meus pais que me mandam dinheiro todos os meses. É muito difícil sobreviver com o que nos dão", conta-nos outro trabalhador, Juan Fernandez.

À mobilização convocada pelos tripulantes de cabine em seis países juntaram-se os pilotos alemães e holandeses.

O jornalista da Euronews Bryan Carter aponta que "só no aeroporto de Bruxelas, foram anulados cerca de vinte voos. Alguns funcionários da companhia vieram com t-shirts a dizer: 'A Ryanair tem de mudar'. Mas as coisas não parecem bem encaminhadas. É verdade que a direção e os sindicatos já alcançaram acordos, mas ainda há várias divergências. Ou seja, provavelmente vamos continuar a assistir a mais ações de protesto nos próximos meses".

Entretanto, a rival Easyjet, por exemplo, anuncia números recorde, com um aumento de 40% nos lucros durante o último ano.

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