Jurado ficou aprovado pelo Comité Judicial do Senado com 11 votos a favor e 10 contra
O Comité Judicial do Senado dos EUA deu luz verde a Kavanaugh para que este possa avançar para as votações no Senado, votações que decidem o juiz do Supremo Tribunal dos EUA.
O Comité decidiu o futuro do jurado com 11 votos a favor e 10 contra. Todos os republicanos votaram a favor e todos os democratas votaram contra.
Jeff Flake, senador republicano que tinha pedido para que a votação fosse adiada por uma semana, para que o FBI investigasse melhor o caso, tinha o voto decisivo e acabou por votar a favor de Kavanaugh.
Na audição, deixou claro que quer que o FBI continue a investigar, apesar da votação positiva.
"Só me vou sentir confortável quando o FBI fizer mais investigações ainda.", admitiu. "Talvez não leve mais do que uma semana, e entendo que algumas dessas testemunhas possam não querer discutir mais nada, mas acho que merecem esse cuidado.", disse Jeff Flake.
**O Senado já anunciou que a votação para o Supremo Tribunal vai ser adiada enquanto decorre a investigações do FBI. **
Brett Kavanaugh é acusado por quatro mulheres de agressão sexual, tem sido o sujeito principal das manifestações que aconteceram durante toda esta semana à porta do Supremo Tribunal dos EUA.
Christine Ford foi a primeira mulher a acusar o jurado de agressão sexual, num episódio que terá acontecido no ensino secundário, nos anos 90.
Ford foi ouvida esta semana pelo senado. O depoimento ficou marcado pela emoção do relato.
No mesmo dia, Brett Kavanaugh também foi ouvido e, após juramento, declarou-se inocente.
"Nunca agredi sexualmente ninguém. Nem no secundário, nem na faculdade, nunca", disse. "A agressão sexual é uma coisa horrível. Uma das minhas melhores amigas é uma pessoa que foi abusada e que pediu o meu conselho", admitiu.
Durante o discurso, o jurado partilhou, de forma emocionada, as consequências das acusações, tanto na vida profissional como na vida familiar. Kavanaugh contou que umas das filhas lhe disse que iria "rezar por Christine", a primeira mulher a denunciar alegados abusos sexuais de Kavanaugh.