O Executivo de Giuseppe Conte quer subir o défice para 2,4 por cento do Produto Interno Bruto nos próximos três anos.
A Itália preocupa os líderes da Zona Euro.
Os ministros das Finanças do Eurogrupo estão reunidos no Luxemburgo e olham com apreensão para a proposta orçamental apresentada, na semana passada, pelo Governo de Roma.
O Executivo de Giuseppe Conte quer subir o défice para 2,4 por cento do Produto Interno Bruto nos próximos três anos.
"Olho com muito cuidado para o que está a acontecer em Itália e, é claro, estou um pouco preocupado, mas tenho a certeza de que o Governo italiano sabe o que deve fazer. Então, vamos esperar o melhor", refere o ministro finlandês das Finanças, Petteri Orpo.
O comissário europeu para os Assuntos Económicos já alertou que a subida do défice público italiano está fora das regras europeias.
Pierre Moscovici sublinhou que o populismo tem um preço: "O Governo italiano parece privilegiar a despesa pública. Os gastos públicos podem tornar as pessoas populares, a curto prazo. Isso pode criar um ligeiro aumento no crescimento ou na política. Mas no final - e temos que dizer a verdade aos italianos - quem é que paga?", questiona.
A União Europeia diz estar disposta a negociar com Roma, contudo alerta para que o défice não ultrapasse 1,6% pois a Itália tem uma das maiores dívidas públicas do mundo, equivalente a 132% do PIB.