Sismo e tsunami: Indonésia atualiza balanço para 1234 mortes

Sismo e tsunami: Indonésia atualiza balanço para 1234 mortes
De  João Paulo Godinho com Reuters / Lusa
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O país já começou a enterrar numa vala comum os mortos provocados pelo sismo e pelo tsunami de sexta-feira.

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As autoridades indonésias atualizaram esta terça-feira para 1234 o número de vítimas mortais provocadas pelo sismo e consequente tsunami que abalaram a ilha de Celebes, na sexta-feira.

De acordo com a Agência nacional de Mitigação de Desastres, a atualização revelou uma subida de 390 mortes desde o anterior balanço de 844, mas a verdade é que o número pode ser ainda superior face à grande destruição e enorme quantidade de edifícios que ruíram.

Entretanto, a Indonésia tenta virar a página sobre a tragédia. Junto às águas agora tranquilas, o cenário é de total destruição. Mais de mil edifícios ficaram danificados, aldeias inteiras foram devastadas pelas ondas e mais de 17 mil habitantes tiveram de deixar as habitações por causa do perigo de derrocadas.

Por entre ruínas e pântanos, os sobreviventes tentam aproveitar tudo o que pode ser resgatado, sobretudo quando a ajuda ainda é escassa.

A ausência de energia elétrica ou de comunicações marcam o dia-a-dia dos habitantes, já que as marcas do sismo continuam bem visíveis e condicionam o trabalho das agências humanitárias.

"Tenho quatro familiares ainda desaparecidos. Aliás, são cinco familiares. Preciso da ajuda do governo para me ajudar a encontrá-los", conta Muzair, um sobrevivente na povoação de Petobo.

Em Palu, a zona mais afetada pela tragédia, as autoridades abriram uma vala comum para enterrarem os mortos. Num momento em que se discute a capacidade do sistema de alertas de tsunami do país, as autoridades reconheceram a provável existência de mais vítimas.

Já nos postos de combustível multiplicam-se as filas para tentar obter alguma gasolina.

O governo indonésio, liderado por Joko Widodo, já pediu ajuda internacional e a União Europeia anunciou a disponibilidade para dar 1 milhão e meio de euros para a recuperação, mas ainda está quase tudo por fazer na região.

"Sem eletricidade, sem rede para comunicações ou mesmo sem gás. Todos fazem fila para ter ajuda, sobretudo no abastecimento de comida. Está tudo muito limitado", revela Ito Kutra, um sobrevivente da tragédia.

A maioria das vítimas registou-se em Palu, cidade com cerca de 350 mil habitantes na costa oeste de Celebes, havendo também registo de mortes em Dongalla.

Assente sobre o Anel de Fogo do Pacífico, a Indonésia sofre há muito com a forte atividade sísmica e vulcânica e todos os anos registam-se cerca de sete mil terramotos.

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