Pressionado pelos mercados, o governo italiano reviu em baixa as metas para o défice nos próximos três anos. O primeiro-ministro compromete-se a reduzir o défice e a dívida, com crescimento económico.
Pressionado pelos mercados, o governo italiano decidiu baixar a previsão de défice público, pelo menos a partir de 2020.
O executivo tinha anunciado um projeto de défice nos 2,4% do PIB durante pelo menos três anos. O anúncio provocou reações vivas por parte da comissão europeia e tensão nos mercados financeiros com subida das taxas de juro para Itália.
Obrigado a fazer marcha atrás, Giuseppe Conte anuncia agora: "Reafirmamos oficialmente que o défice público em Itália vai atingir 2,4% do PIB em 2019, mas vai baixar nos anos seguintes, para 2,1 em 2020 e 1,8 em 2021. E, ao mesmo tempo, a relação entre a dívida e o PIB vai aproximar-se de valores mais virtuosos".
Valores mais virtuosos serão, segundo o chefe do governo, uma descida da dívida pública abaixo dos 130% do PIB em 2019 e abaixo dos 127 % em 2021. A Itália tem a segunda maior divida da zona euro, logo a seguir à Grécia.
Para conseguir estes obbjetivos, Conte promete crescimento económico e nomeadamente pôr fim ao distanciamento da Itália dos valores médios de crescimento da Europa em cerca de 1% na última década.