A euronews ouviu a presidente da Associação de Jornalistas Europeus, para a Bulgária, sobre a situação dos meios de comunicação no país em paralelo com o assassinato da jornalista Victoria Marinova.
Para além do drama que é o assassinato de um ser humano, a morte da jornalista búlgara Viktoria Marinova traz a lume questões importantes e que têm a ver com a independência dos meios de comunicação social, neste caso na Bulgária:
"O assassinato da Viktoria, infelizmente, pode ser mal utilizado por diferentes lados, muitos grupos diferentes - grupos políticos, da oposição, o próprio governo - com o objetivo de culpar os meios de comunicação, os bons e os maus "média". A questão é que temos alguns problemas no que diz respeito à situação da comunicação social, em geral, na Bulgária, e esses problemas devem-se à falta de independência. Paradoxalmente, vemos que muitos meios de comunicação privados acabam por ser também eles dependentes, porque os seus proprietários privados têm interesses comerciais", explica Irina Nedeva, presidente, para a Bulgária, da Associação de Jornalistas Europeus.
Apesar desta posição Irina Nedeva diz que não se pode generalizar, nem todos os jornalistas búlgaros fazem um mau trabalho e é preciso deixar os meios de comunicação cumprirem a sua missão.