Habitantes de Maiorca culpam infraestruturas pelas cheias mortíferas

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De  Ricardo Figueira
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A drenagem do rio que passa na vila de Sant Llorenç era insuficiente, segundo os moradores.

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O balanço das inundações na ilha espanhola de Maiorca, nas Baleares, é já de 10 mortos e uma criança desaparecida. A vila de Sant Llorenç foi a mais atingida. Aqui, há móveis espalhados pelas ruas e a as pessoas tentam salvar o que podem. Muitos perderam as memórias de uma vida: "A minha mãe foi à cozinha para ver de onde vinha a água. Quando lá chegou, a água era tanta que teve de sair pela janela. Havia lama até aqui. Teve de ir tudo fora. Roupa, fotos, tudo", conta uma mulher.

Depois das cheias, as pessoas limpam as casas como podem e tentam minorar os estragos e até Rafael Nadal deu uma ajuda, entre críticas à canalização e à alegada falta de coordenação das forças de socorro. Muitos viram a água entrar casa adentro.

Outros ficaram presos nos carros e temeram pela vida, como um homem que gravou algumas imagens: "Estava a gravar as cheias. A água chegava quase ao nível máximo, vi-a galgar a ponte e foi nessa altura que deixei de gravar com o telefone e fiquei com medo. Voltei para trás, para a estrada, mas quando lá cheguei a água começou a vir detrás de mim. Fiquei encurralado, com água pela frente e por trás e fiquei no carro, que estava a boiar".

A amplitude dos estragos foi agravada pelo relevo da zona e pela canalização deficiente. A vila de Sant Llorenç expandiu-se, nos últimos anos, até ao leito do rio, mas as infraestruturas de drenagem não acompanharam essa evolução. Os habitantes culpam também a falta de prevenção. As chuvas torrenciais mais graves dos últimos 25 anos, em Espanha, acabaram por provar que havia muito trabalho por fazer.

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