Marinova alvo de "assassinato de motivação política"

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De  Nara Madeira
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Um jornalista de investigação afirma à Euronews que o assassinato de Viktoria Marinova, na Bulgária, "não foi a primeira ameaça" à comunicação social, "nem será a última."

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Para o jornalista de investigação búlgaro Dimitar Stoyanov o assassinato de Viktoria Marinova é uma mensagem para o dono do meio de comunicação onde ela trabalhava e um aviso de que o trabalho dos jornalistas não passa desapercebido. O jornalista insiste na teoria de assassinato de motivações políticas.

Stoyanov foi um dos convidados do último programa de Marinova, que decorreu a 30 de setembro, e no qual se expunham fraudes na utilização de fundos comunitários.

"Não foi a primeira ameaça, acho que também não será a última. Estamos a trabalhar em muitas coisas relacionadas com o uso indevido de fundos da União Europeia. Estamos a trabalhar nisso há pelo menos 5 anos. Depois do nosso trabalho anterior os serviços especiais começaram a investigar o Fundo Agrícola do Estado, os diretores foram demitidos. Este não é o primeiro escândalo causado pela nossa investigação. Não vamos parar e esperamos que os nossos colegas de Ruse também não parem.

"Acredito que as autoridades fizeram tudo o que podiam para se tornarem não credíveis. Mesmo que esta pessoa esteja envolvida, mesmo que seja culpada por este crime, a polícia e o governo fizeram tudo o que podiam para se desacreditarem. Nesta situação eles estão sob uma imensa pressão e agem de forma caótica. Tanto a UE como os EUA mostraram que não confiam na investigação búlgara. Eles estão, desesperadamente, à procura de um suspeito", afirma Stoyanov.

A Comissão Europeia quer que a Bulgária julgue os assassinos da jornalista, e já o fez saber às autoridades locais, enquanto pede a intervenção do Organismo Europeu de Luta Antifraude.

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