As organizações que lidam com os sem-abrigo têm muitas dúvidas sobre o sucesso da nova lei
A partir de hoje, as autoridades húngaras podem retirar as pessoas das ruas e os materiais que servem como abrigo. O governo diz que a medida “serve os interesses da sociedade como um todo” e "permite aos cidadãos utilizar o espaço público sem impedimentos”.
A lei aprovada em junho é polémica e está a gerar muitas críticas por parte das associações humanitárias.
Vera Kovacs, membro da associação From Street to Home:
“Ainda não sabemos o que vai acontecer com os animais dos sem-abrigo, com os seus cães por exemplo, e não sabemos o que vai acontecer se não houver espaço nos abrigos. Para onde é que eles vão?
Zoltan Aknai, diretor da Fundação Shelter:
"Há muitas pessoas com dependências e com problemas de saúde mental ou psiquiátricos. O sistema atual de abrigos não pode tratar destas pessoas porque tem falta de especialistas".
As organizações que lidam com os sem-abrigo têm muitas dúvidas sobre o sucesso da nova lei, porque o sistema não está preparado para as mudanças.
Por outro lado, alertam para a discrepância dos números: mais de 20 mil sem-abrigo e cerca de 11 mil vagas em abrigos estatais.