Candidato do PT à presidência do Brasil acusou o rival do PSL de criar uma "organização criminosa" com "dinheiro sujo" para orquestrar um bombardeamento de mensagens e informações falsas através da internet. Se se comprovar a acusação de Haddad, a candidatura de Bolsonaro pode ser impugnada.
Fernando Haddad, candidato do PT (Partido dos Trabalhadores) à presidência do Brasil, acusou, o rival de extrema-direita, Jair Bolsonaro, candidato do PSL (Partido Social Liberal), de criar uma "organização criminosa" com "dinheiro sujo" para orquestrar um bombardeamento de mensagens e informações falsas através da rede social WhatsApp.
"Eu vou buscar reparação dos ataques que ele me fez via internet. Porque ele patrocinou com dinheiro sujo uma campanha de difamação. E Isso não tem prazo para acabar. Eu vou buscar reparação ate as ultimas consequências." declarou Fernando Haddad em conferência de imprensa.
Um esquema ilegal, no qual empresários pró-Bolsonaro pagaram milhões de mensagens pelo WhatsApp, foi revelado pelo jornal Folha de São Paulo.
O jornal informou que descobriu um contrato de 12 milhões de reais (cerca de 2,8 milhões de euros) de uma empresa que distribuiu este tipo de mensagens.
O candidato da extrema-direita tem a sua candidatura em risco de impugnação se o financiamento de empresários for comprovado.
Para Renato Ribeiro de Almeida, advogado e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter proibido o financiamento empresarial em campanhas eleitorais, este tipo de prática constitui crime e, mesmo que Bolsonaro negue conhecimento do facto, a sua candidatura está sujeita a punições e até à retirada de mandato caso seja eleito, informou a agência Lusa.
Em apoio de Haddad, nas ruas, a população manifesta-se contra Bolsonaro e a sua apologia da ditadura e da tortura, mas o candidato do PSL ainda aparece na frente das sondagens.