Ao espanhol bastava vencer o GP do Japão, mas Andrea Dovizioso quis pressionar o líder até final e acabou por cair a duas voltas da meta
Marc Márquez garantiu este fim de semana no Japão o quinto título mundial em seis temporadas a competir no Campeonato do Mundo de Moto GP, a prova rainha das duas rodas motorizadas.
A festa de Márquez no Grande Prémio nipónico estava dependente apenas de um triunfo, mas acaba por ficar também ligada à queda a duas voltas da meta do rival direto, o italiano Andrea Dovizioso, da Ducati.
O segundo classificado da tabela geral ainda tinha uma mínima esperança de alterar o rumo do mundial, mas necessitava de colecionar triunfos nas derradeiras quatro corridas do ano e esperar que o espanhol não pontuasse, o que era quase uma missão impossível. Confirmou-se.
Márquez largou da grelha atrás de Dovizioso, mas rapidamente recuperou a desvantagem e foi-se batendo com o italiano pela liderança da corrida. Até à queda do rival. Depois foi só controlar, não inventar e celebrar o histórico triunfo.
O segundo a cortar a meta foi o britânico Cal Crutchlow, a 1,573 segundos, e o terceiro foi o também espanhol Alex Rins, a 1,720 segundos.
Na volta de consagração, Márquez sofreu uma lesão: o virtual pentacampeão deslocou um ombro e teve mesmo de ser assistido ainda na pista.
"Atirar-me ao chão não fazia parte da celebração. Saltou-me o ombro durante a comemoração. Tive sorte de estar acompanhado de duas pessaos que puderam colocar-mo no sítio, mas as danças desta noite não as vamos perdoar, isso é certo. No final da temporada logo avançamos para a operação. Em dezembro, lá terei de passar pelo 'bate chapas e a pintura'", brincou o espanhol.
Aos 25 anos, Marc Márquez é o mais jovem "motard" a conseguir o "penta" no Moto GP, relegando agora para segundo plano o italiano Valentino Rossi que o havia conseguido com 26 anos.
Marc Márquez celebrou ainda o sétimo título mundial depois de também já ter vencido em 2012 no Moto2 e em 2010 na antiga categoria de 125cc, agora denominada Moto3.
Neste particular do aglomerado, Rossi soma nove títulos mundiais: sete no MotoGP (2001 - 2005, 2008 e 2009), um no antigo mundial de 250cc (1998) e outro no de 125cc (1997).
Miguel Oliveira "derrapa" no Moto2
No mundial de Moto2, o português Miguel Oliveira falhou o "ataque" ao líder. O "motard" da KTM terminou o GP do Japão na quarta posição, mas beneficiou da desqualificação do primeiro a cortar a meta, o francês Fabio Quartararo, da Speed Up, por uso ilegal de pressão nos pneus.
O problema é que também o líder do mundial, Francesco Bagnaia (Kalex), foi beneficiado e com mais pontos do que o português. O italiano tinha sido o segundo a cortar a meta e acabou no lugar mais alto do pódio.
Na tabela geral, Bagnaia soma agora 279 pontos, mais 35 do que Miguel Oliveira, com três corridas por realizar até final do campeonato (Austrália, Malásia e Comunidade Valenciana).
O italiano assume: "Estou muito contente por esta vitória, mesmo tendo sido apenas comunicada após o final da corrida. A esta altura da temporada, e com o terceiro lugar do Miguel, todos os pontos ganhos são importantes."