Luta entre eleitorado rural e urbano na Polónia

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De  Nara Madeira
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A segunda volta das eleições autárquicas e regionais na Polónia, do último domingo, confirmaram o que tinha já ditado a primeira. O Partido Direito e Justiça conquistou nove das 16 regiões, mas voltou a perder nas maiores cidades.

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A segunda volta das eleições autárquicas e regionais na Polónia, do último domingo, confirmaram o que tinha já ditado o primeiro turno. O Partido Direito e Justiça conquistou nove das 16 regiões, mas volta a perder nas maiores cidades:

"Foi uma luta dura, a participação eleitoral foi maior e, na minha opinião, este resultado dependia disso mesmo", refere Jacek Majchrowski, presidente da câmara de Cracóvia, eleito pela oposição polaca.

A coligação pró-europeia, liderada pelo partido Plataforma Cívica, controla as maiores cidades, entre elas Varsóvia:

"Estas eleições foram equilibradas. Mas foram os candidatos que fizeram as eleições e não os partidos", adianta o analista político Jaroslaw Flis, da Universidade Jagiellonian.

Os eurocéticos, que governam o país desde 2015, tiveram maioria absoluta em seis das nove regiões que conquistaram mas os candidatos da oposição liberal mantêm o poder sobre as grandes cidades:

"Os partidos políticos são secundários. As pessoas preferem votar em candidatos que conhecem", explica o candidato ao conselho municipal, Zbigniew Kozuch.

"Nestas eleições votou-se ou a favor ou contra. Eu votei a favor de uma determinada visão da Polónia", refere um eleitor, Ireneusz Olchawski.

Divisão, entre os meios rurais e urbanos, mas ao mesmo tempo vontade de marcar posições foi o que se viu neste escrutínio:

"Tivemos uma participação eleitoral sem precedentes", adianta Stanislaw Grudzien, presidente da comissão eleitoral de Cracóvia.

O partido no poder e a oposição vão bater-se agora pelo apoio dos partidos mais pequenos de forma a garantirem a supremacia nas assembleias locais:

"As autárquicas são um prelúdio para escolhas políticas mais importantes. No próximo ano os polacos escolhem um novo parlamento, daqui a dois anos um novo presidente. Eleições que determinarão o futuro do país", explica o correspondente da euronews em Cracóvia, Leszek Kabłak.

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