Hamas e milícias anunciam cessar-fogo, Israel mantém tabu

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De  João Paulo Godinho
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Os confrontos nos últimos dias fizeram 16 mortos e mais de uma centena de feridos.

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Foi um despertar doloroso em Gaza, depois da resposta de Israel aos 'rockets' do Hamas. Em apenas 24 horas os confrontos deixaram um rasto de destruição visível nas ruínas de dezenas de edifícios.

Nas últimas horas, foi estabelecido um cessar-fogo entre as milícias palestinianas e Israel, mas a escalada de violência arrasou casas e negócios.

"Sonhamos viver como todos os habitantes de outros países e, como jovens, sonhamos sempre com o melhor para nós. Construí o meu negócio ao longo de sete anos, através de muito esforço e suor e agora é apenas entulho. Não há palavras para descrever o que aconteceu, só posso dizer: Deus nos ajude", disse Mahmoud Al Yazeji.

Nesta ofensiva, o Hamas conseguiu atingir territórios israelitas. No entanto, a resposta acabou por destruir o edifício da Al-Aqsa, o canal de televisão do Hamas em Gaza.

"O que começou esta escalada de violência e agressão é a ocupação israelita. Os ocupantes não entenderam as mensagens de paz anteriores. Hoje, a resistência mostra que podemos atingir todas as cidades israelitas com os nossos rockets em defesa do povo palestiniano, até forçarmos os ocupantes a parar a agressão contra nós", referiu o porta-voz do Hamas, Fawzy Barhoom.

Entretanto, um vídeo divulgado pelo Hamas mostrou a capacidade militar do grupo para atingir posições israelitas. O porto de Ashkelon foi o principal alvo do ataque. Dos confrontos  resultaram 16 mortos, entre os quais 14 combatentes palestinianos, um militar israelita e um civil palestiniano em Israel.

"O que o Hamas e a Jihad Islâmica Palestiniana tentaram fazer foi disparar rockets para matar civis israelitas. Dos 400 foguetes que foram disparados, conseguimos intercetar mais de 100. Infelizmente, alguns rockets foram capazes de causar impacto e tivemos baixas civis dentro de Israel, que é o que o Hamas e os outros terroristas estão a tentar fazer", declarou o coronel Jonathan Conricus.

A vaga de violência teve início no domingo, com uma operação especial israelita na Faixa de Gaza, onde morreram oito pessoas.

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