O grupo japonês, filial da francesa Renault, pode vir a ser implicado no escândalo que envolve o até agora presidente.
Depois da prisão do presidente Carlos Ghosn, no Japão, é o próprio grupo Nissan que pode vir a ter problemas com a justiça. Segundo os media japoneses, o tribunal considera que em caso de fraude, a responsabilidade pertence tanto a Ghosn como à empresa. O presidente da Renault e da Nissan foi detido por suspeita de ter escondido do fisco japonês uma grande parte do salário.
Em França, o Conselho de Administração da Renault pediu à Nissan todos os elementos do processo de Ghosn e nomeou já um presidente interino - Thierry Bolloré, o n° 2 do grupo. Pelo menos por enquanto, Carlos Ghosn mantém o posto.
A Nissan pronuncia-se esta quinta-feira sobre se vai, ou não, afastar o franco-brasileiro. A hipótese está a ser colocada também pela Mitsubishi, parte do mesmo império. O ainda patrão da Renault e da Nissan continua detido em Tóquio. Na segunda-feira foi recebido pela polícia à chegada do jato privado. É acusado de não ter declarado ao fisco cerca de metade do que recebeu entre 2011 e 2015 e ainda de ter usado bens da empresa para fins pessoais. A detenção provisória foi alargada em dez dias pela justiça japonesa.