General Motors vai encerrar oito fábricas

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De  Euronews
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A General Motors anunciou que vai encerrar oito fábricas em todo o mundo e despedir cerca de 14 mil pessoas, na América do Norte, no âmbito de um plano de restruturação da empresa, até 2020.

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A General Motors (GM) vai suspender a produção em cinco fábricas na América do Norte, quatro nos Estados Unidos e uma no Canadá. A restruturação da construtora de automóveis implica uma redução de 15% no número de trabalhadores, até ao final de 2020. Em causa estão cerca de 14 mil postos de trabalho.

A decisão da empresa foi criticada pelo presidente dos Estados Unidos, após um telefonema à presidente-executiva da GM, Mary Barra. "Fui muito duro. Falei com ela quando ouvi que iam fechar e disse-lhe que este país fez muito pela General Motors, é melhor voltar para lá em breve, para Ohio. É melhor voltar rapidamente.Portanto, fizemos muita pressão, atrav'es de senadores e muitas outras pessoas. Muita pressão!...", declarou Donald Trump.

Entre as unidades encerradas está a de Oshawa, no Canadá. Uma fábrica de montagem onde 3 mil postos de trabalho ficam em causa.

No parlamento, também o primeiro-ministro Justin Trudeau lamentou as consequências da estratégia da construtora de automóveis. "Estamos dececionados com a decisão da General Motors sobre a fábrica em Oshawa, como parte da reestruturação global. Os nossos pensamentos estão com aqueles cujos empregos vão ser afetados e as suas famílias", afirmou.

Coração industrial do Canadá, Oshawa vive dias difíceis com o fecho da General Motors na região. Os sindicatos estão em luta, mas pouco serve de consolo para quem tem de repensar a vida, com o fim da produção anunciado.

Entre os trabalhadores, há quem acompanhe os altos e baixos que a empresa tem sofrido, nos últimos anos. "Estou aqui há 28 anos. Já passei por um encerramento em Scarborough, por outro em Londres. Mudei-me com a minha família duas vezes por esta empresa e eles fazem isso comigo. É horrrível", diz, quase em lágrimas, um trabalhador.

Até 2019, mais três fábricas vão ser encerradas, fora da América do Norte. Com uma quebra de vendas registada no mercado interno, desde 2016, a empresa planeia abandonar a produção de alguns modelos históricos e investir na produção de veículos elétricos.  Com a restruturação da empresa, a General Motors espera uma redução de custos de seis mil milhões de dólares, isto é, mais de cinco mil e duzentos milhões de euros.

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