Ucrânia implementa lei marcial

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De  Euronews
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O parlamento ucraniano aprovou a implementação da lei marcial, em algumas zonas do país, durante 30 dias. A medida vem na sequência dos incidentes na Crimeia e do receio de uma "ameaça de invasão" por parte da Rússia.

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Durante um mês, parte da Ucrânia vai viver sob lei marcial. O mecanismo legal que confere mais poderes aos militares foi aprovado no parlamento para assegurar a defesa das regiões mais vulneráveis à ofensiva russa. A medida vai ser implementada depois de o presidente ucraniano garantir que não vai ser usada para restringir as liberdades civis, nem adiar as eleições do próximo ano.

"Como presidente e como comandante supremo das Forças Armadas da Ucrânia, cumpri meu dever constitucional e, há algumas horas, por meu decreto, foi implementada a lei marcial. A Rússia tem vindo a instaurar uma guerra híbrida contra o nosso país há cinco anos. Mas, ao atacar os barcos militares ucranianos, passou para um novo nível de agressão", declarou o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko.

Em causa está uma ameaça de invasão por parte da Rússia, alegou Poroshenko, com base nos confrontos d o passado domingo, na Crimeia, A Rússia disparou contra três navios da marinha ucraniana e capturou 23 dos tripulantes.

Mas o que para Kiev constitui um "ato de agressão", para Moscovo não foi mais que uma defesa das águas territoriais, onde as embarcações ucranianas entraram de forma alegadamente ilegal.

Os navios ucranianos vinham do Mar Negro e tentavam aceder ao Mar de Azov, através do estreito estreito de Kerch, na Crimeia. Um território anexado pela Rússia.

Os incidentes estão, no entanto, a ser desvalorizados pelos russos. "Pode ser que, ao planear esta provocação - e ninguém duvida de que isto foi feito de boa fé e provavelmente sob ordem direta da mais alta liderança - a Ucrânia contava com benefícios adicionais para sair desta situação. Acima de tudo, estavam a contar com os EUA e a Europa ficarem, como sempre, do lado dos provocadores", afirmou, em entrevista, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov.

Já no leste da Ucrânia, a tensão é crescente. Como precaução, até as crianças foram mobilizadas para ajudar os mais velhos na consolidação de uma linha costeira de defesa

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