Estudantes não desarmam na luta pela Universidade Centro-Europeia

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Termina este sábado o prazo dado ao governo de Viktor Orbán para alterar as leis que impedem a instituição de Goeroge Soros de continuar a operar na Hungria

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A incerteza sobre o futuro na Hungria da Universidade Centro-Europeia (UCE), de George Soros, acentua-se à medida que se aproxima o fim do prazo dado ao governo de Viktor Orbán para mudar as regras e permitir a continuidade no país da instituição internacional com sede em Nova Iorque.

Os estudantes têm-se manifestado a favor da UCE e exigem "liberdade académica" no país, o que entendem estar a ser-lhes retirado com a mudança das regras do ensino que impedem a manutenção em funções de estabelecimentos sem sede operacional na Hungria.

"É muito triste. Em Dois mil e Dezoito, ir contra a liberdade académica e contra universidades, é de facto triste o que estamos a viver na Hungria. Vai privar muitos alunos de prosseguirem os estudos aqui. E não é só nas universidades. O governo quer banir também os estudos de género a nível nacional. É inaceitável nos tempos em que vivemos em termos de educação", afirmou à Euronews Fridon, um estudante da UCE originário do Kosovo.

"Sinto que a universidade está a tentar fazer tudo o que pode para chegar a acordo, mas, pelo que sei, estou cético sobre um desfecho positivo. Para além de que só temos informação, claro, de um dos lados. Acho que não vai acontecer", lamentou Toni, um estudante croata na UCE da Hungria.

"Estou absolutamente certa de que não haverá acordo com o governo. Olhando à conferência de imprensa e às declarações do ministro dos negócios estrangeiros, estou certa a 100 por cento de que não vamos conseguir nada", garantiu Eszter, uma estudante húngara da UCE.

"É suposto licenciar-me este ano, por isso, pessoalmente, não faz grande diferença porque já não vou estar aqui. Mas sei que há pessoas preocupadas. Conheço alguns estudantes que têm de continuar os estudos no próximo ano e também estudantes de doutoramento que andam aqui há anos. Eles estão preocupados, sem saber o que irá acontecer", referiu Arslan, um finalista na UCE oriundo do Cazaquistão.

Os estudantes garantem não abdicar da universidade sem dar luta e, por isso, prometem manter-se na Praça Kossuth, diante do Parlamento, em Budapeste, até ao fim do prazo dado ao governo.

O "deadline" é este sábado e, se o desfecho for negativo, a universidade prometeu mudar-se para Viena, a capital da vizinha Áustria.

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