Sérgio Moro: "Democracia no Brasil não está em risco"

Sergio Moro antes de um reunião com Bolsonaro em Brasília
Sergio Moro antes de um reunião com Bolsonaro em Brasília Direitos de autor Reuters/Adriano Machado
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De  Ricardo Borges de Carvalho com AFP
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Futuro ministro da Justiça brasileiro garante que não vislumbra autoritarismo no Presidente eleito Jaír Bolsonaro

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O futuro ministro brasileiro da Justiça garante que o Presidente eleito, Jaír Bolsonaro, não é o tirano que muitos apregoam.

Convidado para participar numa conferência da Fundação Internacional para a Liberdade, em Madrid, Sérgio Moro disse, por exemplo, que jamais aceitaria um lugar no governo se visse que há o risco de descriminação de minorias.

"Não vislumbro no presidente eleito um risco de autoritarismo ou um risco à democracia. Pessoas às vezes fazem afirmações infelizes no passado, isso não significa que se traduz em politicas publicas concretas, e não existe nenhuma perspetiva de ser adotadas politicas discriminatórias contra minorias no Brasil."

Depois de se ter destacado como juiz na operação Lava Jato, o megaprocesso judicial de combate à corrupção no Brasil, Sérgio Moro surpreendeu o país ao deixar o caso e aceitar ir para o governo. O futuro ministro da Justiça explica a decisão.

"Para explicar por que aceitei o convite, foi primeiro por ter essa compreensão dos compromissos institucionais e democráticos do presidente eleito e por outro lado porque vi nisso uma oportunidade de avançar a agenda anticorrupção no Brasil em uma outra esfera de poder."

Sérgio Moro confessou ainda que durante os quatro anos em que liderou a operação Lava Jato se perguntou várias vezes se o sistema político não iria contra-atacar pelas detenções de dezenas de políticos acusados de corrupção. Desejava mudanças institucionais e agora, no governo brasileiro, poderá fazê-las.

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