Funcionários da Petrobras detidos em operação Lava Jato

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Lava Jato investiga subornos a funcionários da Petrobras. Seis pessoas foram detidas no âmbito da investigação.

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Seis pessoas foram detidas no âmbito da investigação Lava Jato. A operação "Sem limites" está a investigar o suborno de funcionários da Petrobras, no valor de 31 milhões de dólares, cerca de 27 milhões e 300 mil euros.

Nesta que é a 57.ª fase da investigação, o alvo das autoridades é o departamento de Marketing e Comercialização. O "braço comercial" da petrolífera brasileira, como lhe chamou o delegado da Polícia Federal, Filipe Hille Paceque, terá recebido o montante por parte de empresas que atuam na compra e venda de petróleo e derivados, uma atividade conhecida como trading.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF) brasileiro, entre as empresas investigadas com atuação internacional, estão a Vitol, Trafigura e Gleconre, companhias com uma faturação maior que a Petrobras.

Os investigadores brasileiros suspeitam que, entre 2011 e 2014, essas três empresas disponibilizaram verbas para suborno de intermediários e funcionários da Petrobras relacionados com mais de 160 operações de trading e aluguer de tanques de armazenamento.

Em comunicado, o MPF afirma que "as provas apontam que havia um esquema em que empresas investigadas pagavam propinas [subornos] a funcionários da Petrobras para obter facilidades, conseguir preços mais vantajosos e realizar contratos com maior frequência (...) Nos esquemas, alguns funcionários da Petrobras corrompidos referiam-se à diferença entre o preço de mercado de compra ou venda do petróleo ou derivados e o preço mais vantajoso concedido às ‘tradings’ mediante pagamento de propina como delta. (...) Alguns investigados chegavam a se referir a esse esquema de corrupção como "delta business", ou negócio gerador de delta".

Os investigadores referiram também que as operações que subsidiaram os esquemas de corrupção foram conduzidas pelo escritório da Petrobras em Houston, nos Estados Unidos, e do Rio de Janeiro, no Brasil.

Os seis detidos devem ser ouvidos pela Polícia Federal, entre segunda e terça-feira. Pelo menos até lá, ficam em preisão preventiva.

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