Protestos dos "coletes amarelos" em Paris

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De  Patricia Tavares
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Os Campos Elísios estão em estado de sítio. Os estabelecimentos comerciais estão todos encerrados. Quase 90 mil polícias mobilizados em todo o país.

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A tensão cresce em Paris. Cerca de oito mil coletes amarelos permanecem nas ruas em protesto. Manifestantes e polícia medem forças. À medida que as manifestações se intensificam com pedras atiradas às autoridades, a polícia vai respondendo com gás lacrimogéneo.

**Na capital francesa, mais de 500 pessoas foram detidas, este sábado. Outras seis centenas foram identificadas pelas autoridades. Em todo o país, 125 mil pessoas manifestaram-se nas ruas, 118 ficaram feridas e 1385 foram interpeladas pelas autoridades.
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É o quarto sábado de mobilização do movimento dos "coletes amarelos". Os Campos Elísios, em Paris, estão em estado de sítio. Os protestos contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis geraram uma grande crise social.

O governo francês viu-se obrigado a reforçar os meios policiais nas ruas, para evitar episódios de violência, como os que aconteceram na semana passada. O Governo liderado por Édouard Philippe enviou aproximadamente 8 mil polícias para as ruas de Paris. Em todo o país contam-se 90 mil agentes.

  • O número de manifestantes continua a aumentar nos Campos Elísios - o principal ponto das manifestações das últimas semanas.

  • Existem relatos da utilização de gás lacrimogéneo por parte da polícia. Os "coletes amarelos" não cedem e dizem que os protestos só terminam com a mudança das políticas.

  • O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, apela à calma e agradece o empenho das forças de segurança.

  • Na Avenida dos Campos Elísios, os estabelecimentos comerciais estão todos encerrados. Uma medida das autoridades para evitar danos materiais. A Torre Eiffel, o Museu do Louvre, o Museu d’Orsay ou a Ópera de Paris também fecharam portas por precaução.

  • O movimento começou contra o aumento das taxas dos combustíveis mais foi ganhando outras proporções. O Presidente francês, Emmanuel Macron, acreditou que esta seria a solução para seguir em frente com a sua política de transição energética e com a aposta numa economia mais consciente e amiga do ambiente. Na semana passada, Macron cedeu, mas a contestação continua e ganha novas motivações. Os coletes amarelos aumentam a pressão sobre o executivo e queixam-se do nível salarial praticado no país.

  • França está em ebulição e a popularidade do Presidente Emmanuel Macron está em sentido descendente - cerca de 30%. O fenómeno de protesto, com origem nas redes sociais, pretende revelar-se perigoso para o chefe de Estado francês. Os "coletes amarelos" pedem a demissão de Emmanuel Macron.
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