Um pacto para os refugiados com a oposição dos EUA

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De  Antonio Oliveira E Silva com Reuters
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O plano foi adotado com os votos a favor de 181 países e com os votos contra dos Estados Unidos e da Hungria.

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A assembleia-geral das Nações Unidas adotou um pacto para os refugiados a nível global, num plano segue as recomendações do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. A resolução foi aprovada com 181 a favor, mas contou com a oposição dos Estados Unidos e da Hungria.

Budapeste defendeu um pacto "mais claro" no que diz respeito a direitos e responsabilidades dos Estados membros.

"O Governo húngaro está preocupado com o facto de que a diferenciação entre migrantes e refugiados e de que a natureza voluntária da partilha de responsabilidade não fiquem adequadamente refletidas no documento," disse Katalin Bogyay, representante permanente da Hungria para a ONU.

As resoluções das Nações Unidas relativas ao trabalho do ACNUR têm sido aprovadas em consenso nos últimos 60 anos.

O voto contra da parte dos Estados Unidos e da Hungria marca um ciclo de crise no Planeta, onde cerca de 25 milhões de pessoas vivem com o estatuto de refugiado.

Filippo Grandi, Alto Comissário da ONU para os Refugiados, defendeu mais solidariedade e menos politização:

"Neste nosso mundo, que tantas vezes vira as costas aos mais necessitados, tem sido politizada, de forma vergonhosa, a dor dos que se encontram no exílio. Continuamos a demonizar migrantes, refugiados e, às vezes, qualquer estrangeiro."

As resoluções da assembleia-geral das Nações Unidas não são vinculativas, mas a sua aprovação tem um peso importante no seio da Comunidade Internacional.

Nome do jornalista • Antonio Oliveira E Silva

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