Agitação cresce com eleições na República Democrática do Congo

Agitação cresce com eleições na República Democrática do Congo
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De  João Paulo Godinho
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Exclusão de voto de algumas regiões nas eleições de domingo está a despertar a revolta popular.

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A região de Beni, no leste da República Democrática do Congo, está a ser agitada com episódios de distúrbios e revolta popular nas ruas, na sequência da decisão da Comissão Eleitoral nacional ter declarado a sua exclusão do voto nas eleições de domingo.

A justificação oficial da comissão eleitoral foi um surto de Ébola e a violência de milícias, embora muitos apontem uma tentativa de condicionamento do voto. O sufrágio, cuja realização já estava prevista desde 2016,  vai determinar o sucessor de Joseph Kabila no poder.

A agravar o ambiente está ainda a decisão de expulsão do embaixador da União Europeia no país. Foram dados dois dias a Bart Ouvry para deixar o Congo, após a Europa ter imposto diversas sanções a altos dirigentes poíticos.

"Estas sanções, apesar das crenças do Conselho Europeu, violam o direito internacional, comprometem os direitos fundamentais das pessoas envolvidas e são condenadas pelas autoridades regionais e sub-regionais do continente africano", afirmou Leonard Okitundo, ministro dos Negócios Estrangeiros do país.

Esta será a primeira transição verdadeiramente democrática na República Democrática do Congo. Joseph Kabila está à frente do país desde 2001.

Para trás ficam anos de instabilidade e autoritarismo no poder do Congo, com as passagens de Laurent Kabila (entre 1997 e 2001) e Mobutu Sese Seko (entre 1967 e 1997) pela presidência congolesa.

Outras fontes • Reuters/EFE

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