Escrutínio estava inicialmente previsto para dezembro de 2016
A longa espera está prestes a terminar na República Democrática do Congo e este domingo o país irá finalmente eleger o sucessor de Joseph Kabila. Inicialmente previstas para dezembro de 2016, as eleições já foram adiadas por duas vezes, a última das quais a semana passada depois de um incêndio ter destruído mais de dois terços das máquinas de voto destinadas a Kinshasa.
Joseph Kabila manifestou o desejo de que a transição de poder seja feita de forma pacífica, algo que nunca aconteceu desde que o país se tornou independente. Existem um total de 21 candidatos mas o antigo ministro do Interior, Emmanuel Ramazani Shadary, e os opositores ao atual regime, Martin Fayulu e Félix Tshisekedi, parecem estar na linha da frente para suceder a Kabila.
Apesar dos desejos de paz, o escrutínio fica inevitavelmente marcado pelos violentos protestos nas cidades de Beni e Butembo depois da eleição nessas regiões, tidas como bastiões da oposição, ter sido adiada para março... dois meses depois da tomada de posse do novo presidente. A justificação oficial foi um surto de Ébola e a violência das milícias locais.