Arcebispo de Lyon defende-se na justiça francesa da acusação de ter encoberto um caso de pedofilia na sua diocese
Não é normal vermos uma alta figura da igreja católica sentada no banco dos réus mas também não é todos os dias que os casos de pedofilia chegam à barra dos tribunais. Philippe Barbarin começou a ser julgado no Tribunal Correcional de Lyon, acusado de ter escondido os abusos sexuais cometidos por um padre da sua diocese.
Em sua defesa declarou que "nunca procurou esconder ou encobrir esses atos horríveis". Acrescentou que apenas fez o que lhe foi pedido pelo Vaticano, "evitar um escândalo público," e que a sua única autoridade é Roma.
O caso foi denunciado em 2015 por François Devaux, uma das vítimas do padre Bernard Preynat e arquivado um ano depois por se tratar de acusações demasiado antigas ou impossíveis de provar. As vítimas não baixaram os braços, conseguiram a reabertura do processo e desta vez para seguir até às últimas consequências.
Philippe Barbarin arrisca três anos de prisão. A justiça francesa já condenou no passado duas figuras da igreja católica pelo mesmo crime de que é acusado, Pierre Rican em 2001 e André Fort, o ano passado.