Início de presidência da UE tenso para Bucareste

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De  Euronews
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Presidente da Comissão Europeia estendeu mão mas deixou aviso a Bucareste, na cerimónia solene do início da presidência romena da UE

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A cerimónia solene em Bucareste não esconde um início tenso da presidência rotativa da União Europeia para a Roménia.

No bloco comunitário, são várias as vozes que questionam a capacidade do país, marcado por lutas políticas internas e acusações de corrupção, para liderar durante seis meses a UE, num período particularmente crítico devido ao Brexit e às eleições europeias, agendadas para maio.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, estendeu a mão a Bucareste mas deixou também um aviso: "A União Europeia fez compromissos, mas em termos dos Direitos Humanos, do respeito do Estado de Direito e da luta contra a corrupção não há compromissos. Durante todos estes meses a Comissão, que é amiga da Roménia - mesmo se certas pessoas no país parecem duvidar disso -, estará sempre ao seu lado."

Klaus Iohannis, presidente da Roménia: "Unidos na diversidade não é apenas um lema, é a expressão do facto de que a nossa união é um projeto duradouro, capaz de se remodelar em permanência, sem renunciar aos seus valores e princípios fundadores."

No exterior, enfrentando o frio e a neve, centenas de manifestantes proclamavam em voz alta: "Queremos Europa, não ditadura".

Nos últimos dois anos, muitos na sociedade romena têm-se sentido frustrados face às tentativas do governo para aligeirar a legislação anticorrupção.

Um manifestante explicava: "Estamos aqui para protestar contra os que querem destruir a nossa democracia, que destruiram totalmente a economia romena, quando a justiça e a economia estão moribundas. Vamos continuar a combater esses criminosos."

Outra dizia: "Sentimo-nos europeus, pensamos como europeus, mas não somos tratados como tal, porque a Roménia continua a ser um sítio onde os líderes são corruptos e os valores europeus não são apreciados."

Nos próximos seis meses, a Roménia terá a difícil tarefa de provar que pode dirigir a União Europeia, ao mesmo tempo que lida com os problemas internos.

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