Cesare Battisti já está em Itália. O ex-ativista da extrema-esquerda italiana tinha sido capturado e extraditado pela Bolívia.
Cesare Battisti já está em Roma. O ex-ativista da extrema-esquerda italiana, condenado a prisão perpétua no seu país por quatro assassinatos, no final da década de 1970, tinha sido detido, no sábado, e no âmbito de uma operação internacional, pelas autoridades bolivianas. Battisti, que nega as acusações de que é alvo e diz-se vítima de perseguição política, foi capturado em Santa Cruz de La Sierra, uma das principais cidades do país da América Latina.
O Primeiro-ministro italiano tinha-se congratulado, através das redes sociais, com a captura de Battisti.
Também o Presidente do país se tinha mostrado satisfeito com a detenção pela qual se aguardava há algum tempo.
Battisti estava no Brasil até um ministro ter decidido a sua prisão, em meados de dezembro, e Michel Temer ter autorizado a sua extradição. Também através das redes sociais o filho do presidente Jair Bolsonaro reagiu dizendo que o Brasil já não é casa do bandido.
Os familiares das vítimas mostram-se também aliviados com este desfecho. Andrea Sabadin, filho de um dos assassinados, diz que se fecha um capítulo 40 anos depois. Acrescenta que foram anos muito dolorosos já que a trágica morte lhes era recordada constantemente.
Maurizio Campagna, irmão de outra vítima mortal, tem ainda uma questão que gostaria de colocar não apenas a Battisti mas a todos os terroristas. Gostava de saber se a luta teria continuado se eles a tivessem ganho à custa do sangue de mais italianos nas suas mãos?
Battisti andou foragido durante 30 anos. Viveu no México e França. Chegou ao Brasil em 2004. Foi preso três anos depois. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal autorizou a sua extradição, decisão não vinculativa que permitiu ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva negá-la no último dia do seu segundo mandato, em 2010.