Deputados britânicos decidem hoje se aprovam a proposta de saída do Reino Unido da União Europeia. Tudo indica que o "não" está garantido
O Governo britânico tem os olhos postos no futuro de Theresa May e nas negociações com Bruxelas sobre a saída da União Europeia.
Com um chumbo do parlamento britânico ao atual acordo sobre o Brexit, a primeira-ministra tem até à próxima segunda-feira, dia 21, para apresentar uma alternativa.
Tom Swarbrick, antigo consultor de Theresa May, falou com a euonews sobre os próximos passos de May:
“Embora seja quase impossível dizer precisamente o que acontecerá, porque ninguém sabe, acredito que a primeira-ministra vai voltar a Bruxelas para conseguir mais concessões. Essas concessões vão depender da escala da derrota. May vai tentar voltar ao parlamento britânico, com novidades, o mais depressa possível”.
O desfecho do Brexit pode passar por vários cenários: Bruxelas pode ampliar o prazo para a saída, Theresa May pode perder o cargo de primeira-ministra e há ainda a situação menos provável de ser convocado um segundo referendo. Simon Thomson do “People's Vote UK” sublinha que essa é a solução mais justa.
“Parece-nos claro que há cada vez mais deputados, população, empresas e líderes da comunidade empresarial que defendem que o caminho é voltar a dar a decisão às pessoas. Afinal, este acordo não é o mesmo que nos foi oferecido há dois anos e meio”.
Outro dos cenários possíveis é a saída do Reino Unido sem qualquer acordo com Bruxelas. Uma solução que para o presidente da Comissão Europeia seria uma "catástrofe absoluta".