Barnier: "Portugal continua muito ligado à economia do Reino Unido"

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De  Antonio Oliveira E Silva com LUSA
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O chefe-negociador da UE para o Brexit referiu-se ao plano de contingência preparado por Lisboa para uma eventual saída do Reino Unido do bloco europeu sem acordo.

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Durante a visita a visita oficial a Portugal, Michel Barnier abordou também o plano de contingência preparado por Lisboa em caso de uma saída do Reino Unido sem acordo com Bruxelas.

O chefe-negociador do bloco regional europeu referiu a importância da economia britânica para Portugal e recordou que a prioridade da Comissão continuam a ser os europeus em solo britânico.

É por isso necessário, explicou Barnier aos jornalistas, garantir a segurança dos portugueses que vivem em trabalham no Reino Unido.

"O Governo português toma medidas para preparar-se. Os outros Governos fazem a mesma coisa. E a Comissão Europeia, com os Governos e com o Parlamento Europeu, trabalha em medidas de contingência em caso de não-acordo, sempre com a nossa prioridade (...) A segurança de ambos os lados, dos cidadãos portugueses no Reino Unido e dos cidadãos britânicos aqui em Portugal."

Michel Barnier recordou também que Portugal, como parte da zona euro, deverá manter relações económicas de proximidade com Londres no futuro pós Brexit, seja qual for o resultado do longo processo.

"A economia portuguesa tem uma relação muito importante com a economia do Reino Unido. Há centenas de milhares de cidadãos portugueses que vivem e que trabalham no Reino Unido. E há cerca de 30 mil cidadãos britânicos que vivem aqui, em Portugal."

António Costa espera mais do Reino Unido

O primeiro-ministro português agradeceu a forma como a Comissão Europeia tem conduzido o processo. E disse que ninguém esperava que o parlamento rejeitasse um acordo negociado durante tanto tempo.

"A última coisa que nos passava pela cabeça é que, depois de termos negociado tudo isto, depois de ano e meio, chegado ao Reino Unido, Governo britânico não teria a maioria para a aprovação do documento."

Para António Costa, a bola está do lado dos britânicos. Por isso, pede medidas rápidas a Londres, para que haja uma saída com acordo.

"É urgente que as autoridades britânicas tomem a iniciativa de dar os passos necessários para que, até às 23 horas do próximo dia 29 de março, obter aquilo de que estamos mais afastados, que é obter um bom acordo."

O primeiro-ministro português manifestou também total alinhamento político com as instituições europeias no que ao Brexit diz respeito.

Outras fontes • RTP

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