RCA: Uma paz que tarda em chegar

RCA: Uma paz que tarda em chegar
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De  Antonio Oliveira E Silva
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A República Centro-Africana passou por vários golpes de Estado, regimes ditatoriais e já vai na terceira guerra civil. Um Estado africano rico em recursos, mas com uma população pobre.

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**Com cerca de cinco milhões de habitantes, a República Centro-Africana é um dos países mais pobres e menos desenvolvidos de África e do Mundo. No entanto, o país, independente desde 1960, possui imensas riquezas, como urânio, ouro e diamantes. Esta é a História recente deste país do coração de África, parte do Especial RCA da Euronews.
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A República Centro-Africana viveu décadas de instabilidade, golpes de Estado e já vai na terceira guerra civil.

Passou por regimes autoritários, como o de Jean-Bedel Bokassa, (1966-1979) um autoproclamado imperador.

Nas eleições de 1993, Ange-Felix Patassé é eleito presidente. Uma década depois, é derrocado por François Bozizé, graças a um golpe de Estado. com o apoio do exército do vizinho Chade.

E mais 10 anos depois, é a vez de Bozizé ser derrocado, agora pela coligação da milícias muçulmanas, a Saleka.

Compostas por membros de confissão muçulmana e dirigidas por Michel Djotodia, envolvem-se depois em violentos confrontos com o exército. Mas, muitos mortos e deslocados depois, a maioria cristã consegue assumir o controlo de grande parte do território e as milícias da Seleka os desmembram-se e vários grupos.

Gera-se o caos. Opõem-se interesses entre grupos rivais com um mesmo objetivo: ocupar o poder.

Uma população com graves carências

Mais de metade da população da República Centro-Africana precisa agora assistência. É o que dizem as Nações Unidas.

Em 2016, Faustin-Archange Touadera é eleito presidente da República. Um ano depois, é assinado um acordo entre as fações que controlam dois terços do território, que para nada serve.

No terreno, a Missão Multidimensional Integrada das Nações para a estabilização da República Centro-Africana, a MINUSCA, segue o mandato da ONU.

Prevê-se que antecipem e respondam, a ameaças à população civil.

Portugal contribui 2017, agora com um efetivo de 180 militares.

A companhia de tropas especiais do Exército português opera a partir da capital, Bangui, como Força de Reação Rápida.

Tem também como prioridades a proteção dos civis, o apoio ao processo de paz e a ajuda na assistência humanitária.

Esta quinta-feira, concluiu na República Centro Africana mais uma iniciativa para chegar a um acordo de paz.

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