Braço-de-ferro pelo apoio dos militares

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De  Nara Madeira
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Começou a luta pelo apoio dos militares venezuelanos, fundamental na tentativa de mudar ou manter o panorama atual do país.

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Começou a luta pelo apoio dos militares venezuelanos, fundamental na tentativa de mudar ou manter o panorama atual do país. No domingo, Nicolás Maduro incitava as tropas a manterem-se leais ao seu governo, enquanto o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, anunciava uma lei de amnistia para os militares e pedia-lhes que se mantivessem fiéis à Carta Magna venezuelana:

"É o momento de porem-se do lado da Constituição, não é o momento de ter medo, de passar ao lado, é o momento de respeitar o povo da Venezuela. Soldados da Pátria venezuelana dou-vos uma ordem: não disparem contra o povo da Venezuela", ordenou Guaidó.

Aos 35 anos Juan Guaidó continua o braço-de-ferro com Nicolás Maduro. A apoiá-lo tem pesos pesados da comunidade internacional, entre eles os EUA e a União Europeia, mas também a Austrália que anunciou, no domingo, o seu apoio a uma transição, liderado por aquele que é presidente da assembleia nacional do país, e que culmine em novas eleições.

Mas o presidente venezuelano não pretende ceder assim tão facilmente. Domingo apareceu ladeado por militares durante um exercício para mostrar unidade, disciplina e coesão. Maduro não está sozinho nesta luta tem o apoio da Rússia, China, Turquia, Síria e dos seus eternos aliados Cuba e Bolívia. O chefe de Estado descreve o que se está a passar no país como uma tentativa de golpe de Estado. Ao ultimato europeu, oito dias para convocar novas eleições, responde:

"A Europa tem uma posição insolente, insustentável, imprestável e deve retirar o seu ultimato. Ninguém nos lança ultimatos. Se querem ir-se embora da Venezuela podem ir-se todos embora, já. A Venezuela seguirá o seu caminho, felizmente não dependemos da Europa", afirmou Maduro à CNNTurk.

No meio de uma crise política, económica e social Guaidó pede a bancos, em todo o mundo, para "protegerem" os ativos do país, depositados nessas instituições. Isto depois do governo de Maduro ter iniciado, há alguns meses, um processo para recuperar 31 toneladas de ouro, equivalentes a cerca de mil milhões de euros, que estão no Banco de Inglaterra.

Têm sido semanas de grande agitação no país. Os protestos da semana passada terminaram com 29 mortos.

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