Operação Marquês: Começa fase de instrução do processo que envolve Sócrates

Operação Marquês: Começa fase de instrução do processo que envolve Sócrates
Direitos de autor 
De  Euronews com Lusa
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A fase de instrução do processo Operação Marquês, pedida por 19 dos 28 arguidos, arrancou, esta segunda-feira, no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, sob a direção do juiz Ivo Rosa.

PUBLICIDADE

São centenas de pastas, milhares de páginas num processo que pode dar argumento para toda uma série de televisão. Esta segunda-feira arranca a fase de instrução do processo "Operação Marquês"

O processo em que o ex-primeiro-ministro José Sócrates está acusado de 31 crimes.

O processo em que 19 arguidos, entre os 28 acusados, pediram a abertura da instrução.

E o que é a intrução: é uma fase facultativa do processo penal, normalmente pedida pela defesa dos arguidos que tem como objetivo avaliar se há indícios suficientes para levar uma pessoa acusada de um crime a julgamento.

O juiz de instrução tem de decidir se há mais ou menos probabilidades do suspeito ou suspeitos serem condenados ou absolvidos. Se concluir que é mais provável serem condenados o caso segue para julgamento. Caso contrário, o processo é encerrado.

Recorde-se que o ex-primeiro-ministro José Sócrates pede que o processo seja encerrado, garantindo que "não cometeu qualquer crime".

Por sorteio eletrónico, não isento de polémica, calhou, precisamente há quatro meses, ao juiz Ivo Rosa dirigir esta fase processual.

Ivo Rosa já marcou diligências até maio, sempre nas tardes dos últimos três dias de cada mês, prevendo-se que a decisão final seja conhecida perto do final do ano, dado o número de diligências e o número de testemunhas e de arguidos que querem depor.

Na segunda-feira a primeira arguida a falar é Bárbara Vara, filha de Armando Vara, que está acusada de branqueamento de capitais.

O processo Operação Marquês, que teve início em julho de 2013, resultou numa acusação de 188 crimes, a maioria de branqueamento de capitais, vertida em mais de quatro mil páginas, 134 volumes, mais de 500 apensos e registos de mais de 180 buscas e interceções telefónicas.

No total, são mais de 53 mil páginas de papel, espalhadas por duas salas do TCIC, na rua Gomes Freire, em Lisboa.

José Sócrates, que esteve preso preventivamente e em prisão domiciliária pediu para depor nesta fase processual.

Entre os 28 arguidos estão Carlos Santos Silva, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Joaquim Barroca, Helder Bataglia, Rui Mão de Ferro e Gonçalo Ferreira, empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resorts Turísticos de Luxo.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

José Sócrates volta a tribunal para segundo dia de interrogatório

"Operação Maestro": O que sabemos até agora sobre o novo caso de corrupção em Portugal

Eleições Portugal: Mais de 200 mil eleitores optaram por votar antecipadamente