Balanço do desastre de Brumadinho pode atingir os 300 mortos

Balanço do desastre de Brumadinho pode atingir os 300 mortos
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De  Ricardo Figueira
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Para o Arcebispo de Belo Horizonte, tratou-se de uma "tragédia criminosa".

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O desastre na barragem de Brumadinho, no Estado de Minas Gerais, Brasil, deve ter morto pelo menos 300 pessoas. Há 110 mortes confirmadas e 71 dos corpos encontrados puderam já ser identificados, segundo as últimas informações. Há 238 pessoas dadas como desaparecidas e pouca esperança de serem encontradas com vida.

À tragédia humana junta-se o problema da poluição do rio Paraopeba. A lama tóxica pode ter consequências graves para o ecossistema. A organização não-governamental SOS Mata Atlântica esteve a fazer testes: "O problema nesta lama é que sentimos um cheiro de material em putrefação que, ao matar a cadeia ecossistémica e ao matar toda a vida do rio, entra em decomposição e favorece a proliferação de muitas bactérias", conta Malu Ribeiro, coordenadora do programa de água desta ONG.

Na cidade de Brumadinho, a Igreja Matriz foi pequena para acolher todos aqueles que quiseram participar na missa de sétimo dia pelos mortos no desastre. Os que não couberam na igreja participaram do lado de fora e acompanharam a missa pelos ecrãs gigantes. O arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, chamou ao rompimento da barragem de rejeitos da Vale uma "tragédia criminosa". O poder político e a empresa proprietária da mina estão a ser acusados de terem descurado a segurança da instalação. O arcebispo disse ainda que o acidente provou que "As lições dadas anteriormente não foram suficientemente aprendidas".

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