Taxistas unem-se a pensionistas em protesto antigoverno

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De  Francisco Marques com EFE
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Os reformados espanhóis exigem um aumento mais justo das pensões e os profissionais do volante querem nova regulamentação em Madrid para as licenças de VTC

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Centenas de pensionistas, representantes de diversas plataformas de Madrid, manifestaram-se este sábado na capital espanhola contra o que dizem ser um escasso aumento das reformas implementado pelo Governo de Pedro Sánchez no primeiro dia deste ano.

No seguimento do Decreto Real de 28 de dezembro de 2018, as pensões foram reforçadas a partir de 01 de janeiro em Espanha com cerca de 1,6% no regime geral e com 3% para as mais pequenas e para as não contributivas.

A medida tem um custo acrescido estimado de 2.591 milhões de euros nos cofres públicos, em função da evolução anual do Índice de Preços de Consumo (IPC).

Ao lado dos reformados, estiveram também milhares de taxistas madrilenos, naquela que é descrita como a 13.ª jornada de luta dos motoristas profissionais de ligeiros contra a atividade dos chamados veículos de aluguer de turismo com condutor (VTC).

Porta-voz da Federação de Taxistas de Madrid, José Miguel Fúnez explica-nos esta aliança com o protesto dos pensionistas como uma retribuição.

"Os nossos pais e os nossos idosos têm vindo a apoiar-nos economicamente para que possamos continuar a nossa luta, acabar com a precariedade laboral e com a fuga de dinheiro do nosso país. Temos de remover os políticos corruptos que temos visto nos últimos 25 anos", referiu o também antigo presidente da Associação Élite Taxi de Madrid.

A Espanha registou em janeiro cerca de 9,7 milhões de reformados, mais 1.29% do que em janeiro de 2017. A divisão de género entre pensionistas espanhóis é equilibrada: 4,54 milhões de homens; 4,27 milhões de mulheres.

O jornal El País sublinha que os gastos do Estado com pensões contributivas aumentou este ano cerca de 7%, para um valor a rondar os 9535,5 milhões de euros.

Os pensionistas reclamam um aumento da pensão mínima para os 1.084 euros referidos na Carta Social Europeia e há quem acuse que "uma subida de 3% à miséria é mais miséria."

Uma das porta-vozes da coordenadora dos pensionistas de Valadollid, Jesús Isabel, citada pelo jornal digital 20minutos, referiu o escasso aumento de 12 euros nas reformas de 400 euros quando só o aumento da eletricidade terá sido de 40 euros.

Ao mesmo tempo, os taxistas exigem nova regulamentação em Madrid contra empresas como a UBER ou a Cabify, proibidas esta semana de operarem em Barcelona.

Outras fontes • La Vanguardia, El País

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