Presidente americano vai falar ao povo e aos membros do Congresso, num momento particularmente conturbado da sua presidência.
Donald Trump vai estar esta noite no Congresso dos Estados Unidos para o muito aguardado discurso do Estado da Nação.
Depois da mais longa paralisação parcial da história do governo federal, os analistas acreditam que o presidente norte-americano vai dramatizar a necessidade de construção do muro na fronteira com o México.
Ao contrário de 2018, os democratas têm este ano a liderança da Câmara dos Representantes e Nancy Pelosi, a 'speaker', já mostrou capacidade para travar braços de ferro com o presidente.
Um momento que costuma ser tradicionalmente aproveitado para apelos à união pode, afinal, agudizar a tensão entre democratas e republicanos.
"Não o vejo a estender um ramo de oliveira. Não vejo que os democratas vão suportar tão tranquilamente. E não imagino os republicanos a não aplaudir o discurso", afirma Lara Brown, professora na Universidade George Washington.
No discurso de 2018, Trump preferiu falar nos êxitos desde que assumiu a presidência em vez dos projetos para o futuro. Um ano depois, os analistas prevêem a adoção da mesma fórmula.
"Ele vai falar sobre o quanto a economia se fortaleceu desde que entrou, vai falar sobre os relatórios de emprego mais recentes. E vai abordar, embora isso seja polémico e não muito rigoroso, o grau em que o Estado Islâmico foi derrotado", frisou o académico e investigador David Barker.
De fora do discurso deve ficar a investigação do procurador Rober Mueller às alegadas ligações da sua campanha com a Rússia na interferência nas eleições de 2016.
Já o contacto histórico com a Coreia do Norte e Kim Jong-Un deve ser apontado como um dos triunfos da administração na política internacional.