Realizador israelita Nadav Lapid conquista prémio máximo da Berlinale. François Ozon e Roberto Saviano foram também galardoados.
A história que ganhou o Urso de Ouro da edição deste ano da Berlinale é baseada no percurso do próprio realizador. O israelita Nadav Lapid conquistou o prémio máximo do Festival de Berlim com "Synonymes", o retrato de um jovem que rejeita o seu país natal para viver em França.
O júri, presidido por Juliette Binoche, atribuiu o Grande Prémio ao último trabalho do francês François Ozon. Chama-se "Grâce à Dieu" e aborda o escândalo de pedofilia que atinge o arcebispado de Lyon, onde o cardeal Philippe Barbarin está a ser julgado pelo encobrimento do abuso sexual sistemático de crianças.
No capítulo do Melhor Argumento ficou escrito o nome de Roberto Saviano, que coassinou a história de "La Paranza dei Bambini", baseada num livro que o próprio autor de "Gomorra" escreveu.
Os prémios de representação distinguiram os protagonistas de um só filme, o que não é propriamente usual: os chineses Wang Jingchun e Yong Mei venceram os Ursos de Prata para Melhor Ator e Atriz, pelo desempenho de um casal em "So Long My Son", de Wang Xiaoshuai.
A cerimónia celebrou ainda Bruno Ganz. O ator suíço faleceu aos 77 anos. Para a história ficam o retrato de Hitler, em "A Queda", e o inesquecível anjo de Wim Wenders, em "As Asas do Desejo".