Na mesma semana em que recebe em Bruxelas Theresa May, o presidente da Comissão Europeia admitiu ter pedido para afastar o partido de Viktor Orbán do grupo democrata cristão no Parlamento Europeu.
Vivem-se dias agitados entre a Comissão Europeia e alguns líderes dos 28. Bruxelas volta a abrir as portas a Theresa May, mas mantém fechada qualquer janela de oportunidade para alterar o acordo do Brexit.
A decisão que deixa o Reino Unido num impasse, com as eleiçôes de março a aproximarem-se. E Jean-Claude Juncker já deixou o alerta de que "se o Reino Unido só sair depois de dia 29 , ninguém vai impedi-lo, mas terá de concorrer às eleições para o Parlamento Europeu, se ainda forem um Estado-Membro nessa altura".
Antes do Reino Unido, já a Hungria estava a dar dores de cabeça ao presidente da Comissão Europeia, que foi alvo de mais uma campanha anti-imigração nas redes sociais. O governo de Viktor Orbán acusa Jean-Claude Juncker e o empresário e filantropo húngaro-americano George Soros de porem em causa a segurança do país, devido às políticas migratórias ditadas por Bruxelas.
"Não há muito que se possa fazer contra as mentiras. Propus a retirada do Fidesz, o partido de Viktor Orbán, e não tenho qualquer problema com isso porque acho que os conservadores na Hungria não representam os valores do democratas cristãos. Não há pontos em comum entre o Sr. Orbán e eu", disse Juncker.
Já em 2014, Orbán tinha tentado impedir Juncker de se tornar presidente da Comissão Europeia, mas Hungria e Bruxelas estão de costas voltadas sobretudo depois da criação de quotas para o acolhimento de refugiados, no ano seguinte.