PGR de Angola investiga várias figuras políticas ligadas a José Eduardo dos Santos, mas diretora nacional de prevenção e combate à corrupção desmente "caça às bruxas".
Angola assume o combate à corrupção, mas nega haver uma perseguição política. No país, onde a Procuradoria-Geral da República (PGR) tem em mãos mais de 600 casos de corrupção, Inocência Pinto, garantiu, em entrevista à agência Angola Press, não estar em marcha uma "caça às bruxas".
A diretora nacional de prevenção e combate à corrupção admite que estão em curso processos que se tornaram casos mediáticos.
Entre os mais conhecidos está o de Isabel dos Santos. A filha do ex-presidente de Angola e antiga presidente do conselho de administração da Sonangol, é alvo de um um inquérito instaurado pela PGR. Em causa estão denúncias de uma transferência superior a 38 milhões dólares, mais de 33 milhões de euros, que alegadamente ordenou, após ter sido exonerada do cargo que exercia na petrolífera angolana.
Outro filho de José Eduardo dos Santos e antigo presidente do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) também está a braços com a justiça. José Filomeno dos Santos é acusado das práticas de associação criminosa, tráfico de influência e branqueamento de capitais, crimes alegadamente praticados quando era gestor do fundo.
Também o ex-secretário para os Assuntos Económicos de João Lourenço e os ex-ministros dos Negócios Estrangeiros e da Comunicação Social também estão a ser investigados pela Procuradoria-Geral da República.