A diretriz partiu da agência federal norte-americana que decidiu não imobilizar a frota de 737 MAX 8
Os Estados Unidos da América vão obrigar a Boeing a fazer alterações no software e no sistema de controlo dos modelos dos aviões 737 MAX 8 e 737 MAX 9 depois da queda da aeronave da Ethiopian Airlines, no domingo, que matou 157 pessoas.
A diretriz partiu da agência federal norte-americana que decidiu não imobilizar a frota de 737 MAX 8. No entanto, esta terça-feira, a aviação civil australiana proibiu todos os aviões deste modelo de sobrevoar o seu espaço aéreo. O anúncio ocorre depois de China, Indonésia, Coreia do Sul e Mongólia terem suspendido os voos com o Boeing 737 MAX 8, assim como diversas companhias aéreas, como a Ethiopian Airlines, Cayman Airways, a sul-africana Comair e a brasileira Gol.
As autoridades de Washington ressalvaram, no entanto, que o 737 MAX 8 é "confiável" e, segundo o diretor do Programa de Segurança na Aviação, da Universidade do Sul da Califórnia, Thomas Anthony, acidentes como este não ocorrem apenas por uma coisa: "É sempre uma combinação múltipla de fatores e é isso que podemos esperar: múltiplos fatores."
A queda do avião da Ethiopian Airlines, perto de Adis Abeba, ocorreu meses depois de um acidente semelhante envolvendo o mesmo modelo na Indonésia.
Em outubro, do ano passado, um Boeing 737 MAX 8 da companhia Lion Air caiu no mar de Java, depois de descolar de Jacarta, matando 189 pessoas.