UE pressiona a Roménia por causa da corrupção

UE pressiona a Roménia por causa da corrupção
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Os romenos protestam contra a corrupção, numa altura em que o Executivo social-democrata está a pressionar o ministro da Justiça para emitir três decretos de emergência que reformariam o sistema, oferecendo uma saída para alguns detentores de cargos públicos que estão a ser investigados por corrupçã

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Os romenos protestam contra a corrupção, numa altura em que o Executivo social-democrata está a pressionar o ministro da Justiça para emitir três decretos de emergência que reformariam o sistema, oferecendo uma saída para alguns detentores de cargos públicos que estão a ser investigados por corrupção.

"O poder político tem de dialogar connosco. Isto não acontece agora! Não me parece que esta seja a reação certa por parte do poder político", afirmou o professor Emil Ionescu, que participou na manifestação de docentes em Bucareste.

A Comissão Europeia tem demonstrado inúmeras preocupações, nomeadamente com o Mecanismo de Cooperação e Verificação (MCV) para a Roménia. O primeiro vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, transmitiu essa mensagem ao Governo de Bucareste: "Queremos ter a certeza que a luta contra a corrupção não será abandonada, que continuamos esta luta, porque é muito importante para o futuro deste país. O problema é que desde que publicámos o Mecanismo não vimos progressos. Vimos o Governo romeno rejeitar os documentos da Comissão".

Mas o partido no poder rejeita as críticas de Bruxelas, argumentando que a revogação do decreto não é a solução. "Todos aqueles que pedem a revogação do decreto de emergência são pessoas que não conhecem a lei, que não percebem nada. Se retirarmos algo que modificou outra lei, se anularmos as alterações feitas por este decreto, não restauramos a forma inicial da lei", disse o vice-presidente da Câmara de Deputados, Eugen Nicolicea.

Analistas políticos dizem que o sistema judicial romeno está em risco de ser instrumentalizado e politizado pelo Governo, no contexto da emergência não liberal na Europa.

"Vai na mesma direção do caso do Fidesz ou do partido no poder na Polónia. Portanto, trata-se do interesse de mudar a Europa. a orientação da Comissão, da futura Comissão e do Parlamento. Querem impor estas ideias não liberais no interior dos principais partidos europeus", realçou o professor Cristian Pîrvulescu.

A Roménia, que detém neste momento a presidência rotativa da União Europeia, está classificada pela Transparência Internacional como um dos países mais corruptos do bloco. A Comissão Europeia mantém o sistema judicial do país sob vigilância especial, através do Mecanismo de Cooperação e Verificação.

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