Corrida contra o tempo em Moçambique

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Direitos de autor Josh Estey/Care International
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De acordo com as Nações Unidas, existem já 294 mortos confirmados, um balanço provisório, há pelo menos 15 mil desaparecidos, apenas em Moçambique.

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No meio do caos, da morte e da destruição provocados pelo ciclone Idai reina também a esperança. Crianças, idosos, homens e mulheres pisam terra firme depois de horas, dias, isolados, rodeados por água à espera de ajuda

De acordo com as Nações Unidas, existem já 294 mortos confirmados, um balanço provisório, há pelo menos 15 mil desaparecidos, apenas em Moçambique.

A ajuda chegou mas parcial. O desafio é dar de comer e, especialmente, de beber... água potável.

No porto da Beira, registaram-se pilhagens. O desespero de quem tem fome e quer alimentar famílias, algumas atingidas pela morte.

A ajuda alimentar internacional chega a conta-gotas e, ainda, de forma caótica, antes dos canais de auxílio se estabilizarem. Para além da possível fome, no horizonte são as nuvens negras das doenças - como a cólera e malária - que pairam sobre as populações das províncias mais afetadas - Sofala, Manica, Zambézia e Tete.

No terreno as forças de auxilio e resgate dão o tudo por tudo para salvar vidas. Os helicópteros valem ouro nas missões de ajuda. "Não são apenas um, dois, três ou quatro quilómetros. Para chegar às comunidades são 30 a 40 quilómetros de água. E para chegar a essas comunidades vulneráveis não podemos usar barcos, porque vão ficar presos", diz um responsável de uma organização não governamental.

O Zimbabué e o Malawi são outros países bastante afetados.

"Oitocentos e quarenta mil e trezentas pessoas estão afetadas no Malawi, metade, acreditamos nós, são crianças. 250,000 foram atingidas no Zimbabwe, metade crianças e o mesmo para Moçambique", explica Christophe Boulierac, porta-voz da UNICEF.

No meio de tanta urgência, há quem critique a lenta reação do exército que terá chegado à cidade da Beira apenas esta sexta-feira, uma semana depois do ciclone Idai se ter abatido sobre a chamada "Pérola do Índico".

Moçambique tenta agora reerguer-se no meio de uma catástrofe humanitária, de uma crise económica com instituições governamentais mergulhadas em suspeitas de corrupção, e com infraestruturas - centros de saúde, escolas, serviços arrasados. Uma recuperação que deverá demorar... anos.

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