O ataque aconteceu durante uma visita de uma delegação da ONU, enviada precisamente para investigar o aumento da violência étnica.
Uma aldeia arrasada e 135 habitantes mortos durante a noite. As vítimas pertenciam à etnia Fula, que vive essencialmente da pastorícia. Os supostos atacantes fazem parte dos Bambara e, no caso, seriam caçadores.
Tudo isto aconteceu no Mali, durante uma visita de uma delegação da ONU, enviada precisamente para investigar o aumento da violência étnica.
Ao todo, ficaram em cinzas quatro centenas de casas na localidade de Ogossagou, no centro do país. Este foi o pior massacre de que há registo no Mali desde a intervenção liderada pela França, em 2013, para erradicar os grupos jihadistas que assumiram o controlo do norte do território.
O presidente maliano, Ibrahim Boubacar Keita, convocou um conselho de ministros extraordinário. Foi anunciado o desmantelamento do grupo de caçadores alegadamente responsável pelo ataque, sem mais pormenores. E ainda o afastamento do chefe de Estado-Maior das Forças Armadas e doutros responsáveis militares.
Segundo a ONU, em 2018, a violência étnica fez mais de 500 mortos neste país.